sexta-feira, 2 de setembro de 2011

prova 7 lucia barros. Elementos do jogo comunicaional (romam Jackobson)

Primeiramente, devemos saber que o criador do jogo comunicacional era um linguísta russo que foi o fundador da abordagem estruturalista da linguagem. isto indica que ele se baseou na línguagem no uso e não como um organismo estático e imutável. Dele surge a concepção de que a língua para ser bem usada basta que haja alguém (emissor) que diga uma coisa (mensagem) para outra pessoa (receptor), independente de como isso irá se ralizar.(ou seja independente do código e do canal).
Assim, os novos pressupostos gramaticais visam a comunicabilidade entre os agentes, dando um status inferior à lingua (se padrão ou popular).
assim sendo, teremos seis componente no jogo comunicaional:
o emissor: é aqule q se vale de um código e de um canal para emitir sua mensagem ao receptor.
o receptor: é aquele que de posse do código utilizado pelo emissor, interpreta e atribui significado à mensagem.
o contexo: é o assunto de que se trata a mensagem.
código: é a linguagem utilizada pelo emissor e decodificada pelo receptor.
canal: é o meio físico em que a mensagem sai do receptor e chega ao receptor;

prova 7 lucia barros. Oque é desinência verbal?

pois é gente, lembre-se sempre que, como o nome diz, a desinência verbal irá sempre modificar o verbo, classe de palavra que varia em pessoa, tempo, modo e voz. mas para a prova tenha em mente que a desinência muda a pessoa e o tempo.
Vejamos:

"Adormec-i sozinho"

a desinênica /i/ indica que o discuros esta pautado na primeira pessoa do singular e no tempo pretérito.

"pixa-re-i o muro do vizinho"

Agora note que a desinência /i/ que marca a primeira pessoa do singular vem acompanhado da desinência temporal /re/ que marca uma ação que se realizará no futuro.

"Come-mos, bebe-mos, caí-mos na farra"

Veja agora a desinência /mos/ marcando o discurso na preimeira pessoa dos plural e no tempo pretérito.

"ama-va-m como adolescente"

como última exemplificação, veja como a desinência /m/ marca a terceira pessoa do plural, já a desinência temporal /va/ marca o tempo passado ou pretérito.

Professor Francisco Muriel

ESTUDEM!!!

prova 7 lucia barros Quais competências desenvolvemos ao estudar a disciplina de língua portuguesa?

segundo Travaglia, em sua Gramática e Interação, fazendo uma abordagem comunicativa da língua, os nativos falantes do português (ou seja nós) devemos frequentar as aulas da disciplina de língua portuguesa para desenvolvermos três competências:
Comunicativa (nos comunicar em diversas situações sociais)
Gramatical (sobretudo a variante escrita e culta);
Textual (sendo capaz de produzirmos texto bem produzidos, reconhecer se um texto está bem produzido (ou coeso), e identificarmos o gênero que o texto pertence. além de nos habilitar a transformar texto, parodiando-os, reseumindo-os e transgredindo-os de um gênero e outro).

Professor Francisco Muriel

Estudem!!!!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Anotações de aula. Disciplina: Estilística: Funções da linguagem

Função Emotiva ou Expressiva:
O emissor procura expressar o seu mundo emocional. É marcado por verbos e pronomes em primeira pessoa e por interjeições:
Exemplos: EU sem você/ não tenho porquê,/ porque sem você/ não Sei nem chora.
OH!!! MEU amor,/ não partas assim Meu coração!

Função Conativa ou Apelativa:
O emissor procura influenciar o receptor. Recorre aos verbos no imperativo e aos vocativos.
Exemplos: BEBA coca-cola!
COMPRE batom!

Função Referencial ou Denotativa:
O emissor procura transmitir uma realidade de maneira clara, sem dupla interpretação. Linguagem objetiva e centrada no conteúdo.
Exemplos: Trigo argentino chega às indústrias mais barato do que o nacional.
Baixinho marca milésimo gol em clássico.

Função Metalingüística:
O emissor usa o próprio código para defini-lo ou classificá-lo.
Exemplos: Curitiba: nome da capital do Estado Paraná. Vem de curi=pinheiro + tyba= muito grande, grande quantidade.
O nome Leila procede do árabe “Laila” que significa “negra como a noite”.

Função Fática:
O emissor tem com objetivo estabelecer, prolongar ou interromper um ato comunicativo.
Exemplo: _Oi! Você por aqui?
_ É,...é, e você? Como vai?
_ eu, ..., bem, e você?
_ Alô! Alô! Tem alguém na linha?

Função Poética:
O emissor coloca em evidência o modo como é apresentada a mensagem. O emissor procura despertara a atenção do receptor, por meio de arranjos, escolha vocabular, rimas, ritmos, metáfora, aliterações e recursos visuais.
Exemplos: era um homem bem vestido,
Foi beber no botequim
Bebeu muito, bebeu tanto
Que s i
a u e m
d á i
l s s
a


Produzido por: Francisco Muriel

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


Pomea Concreto de Ferreira Gullar

Sístole e Diástole

Essa semana, ao acompanhar um grupo de Folia de Reis na cidade de londrina, deparei-me com um recurso que o embaixador (mestre) utilizou para transferir a tonacidade da paroxítona BEN-ção transformando-a em oxítona ben-ÇÂO. Dispensei de algum tempo de pesquisa para redescobrir o nome desse fenômeno do ponto de vista da estilística e dos metaplasmos.
Assim sendo, cheguei à sístole, que é o recuo do acento tônico:
Exemplos: pan-TÁ-no > PÂN-ta-no
E diástole: O avanço do acento tônico:
Exemplo: JÚ-di-ce < ju-ÍZ
GÉ-mi-to < ge-MI-do

Para mais consulte:

QUADROS. Jãnio. Curso Prático de língua portuguesa e sua literatura: Gramática Histórica. São Paulo: Forma, 1966.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Análise do livro: Sombras de Reis Barbudos de J. J. Veiga

A Relação entre protagonista e o espaço
Considerando que o protagonista seja:
“a personagem principal de uma peça de teatro, livro, filme, etc..” (minidicionário Houaiss da língua Portuguesa).
Então, encontrar-no-emos diante de uma difícil tarefa, que é definirmos esse protagonista em uma obra de “realismo fantástico”. Especificamente, no caso de “Sombras de Reis Barbudos”, oscila-se entre dar esse título ao narrador que relata, através de flash-back, os acontecimentos que se ocorreram em Taitara desde a chegada da “Companhia de Melhoramentos”, ou considerar como a personagem principal, a própria “Companhia”, que transforma, a vida de todos as famílias e cidadãos de Taitara, inclusive a de Lu, garoto de doze ou treze anos que, na tentativa de compreender o que se passou, reconstruindo em tom memorialista, narra os fatos ocorridos desde de a chegada da Companhia.
Para-se aqui, para lembrar o movimento literário ocorrido no século anterior que se assimilava, em algumas características, a esse novo tipo de realismo. A ele, damos o nome de Realimo-Naturalismo, e em algumas obras desse estilo, o protagonista são coisas abstratas como instituições (seminários, colégios) ou simples espaços (Minas de Carvão, Favelas, cidadelas). Assim, considera-se aqui, a possibilidade de a Companhia ser sim a personagem protagonista da obra.
Contudo, nossa análise verá como protagonista o jovem Lu, narrador que participa passivamente da história, sofrendo com as normas e proibições da Companhia.
Resolvido a problematização do protagonista podemos passar a tratar do espaço. Para esse intento, há mister fazer uma análise sobre o autor e os ambientes de suas obras assim como de obras fundamentais do Realismo Fantástico.
Os ambientes de obras desse Realismo Fantástico são reproduções de ambientes cotidianos e corriqueiro (é o que vê-se a cidadela de “A Metamorfose” ou a cidade mais urbanizada de “O Processo” ambas de Kafka) , que faz com que os leitor o reconheçam. Mas eles vêm ausente de uma concisão geográfica, ou seja, não está no lado da linha do real(aqui os contos fabulares servem de ótimo exemplo, por indeterminar o lugar e o tempo. Ex: Era uma vez (...) em um bosque distante), já que estes tipos de narrativa vão a todo momento irromper a barreira do real e do imaginário. Isso faz com que o regional se torne universal e o individual, coletivo.
Cai-se, assim, na análise de como J.J. Veiga trata seus ambientes, fugindo da linha Regionalista tradicional, para adentrar ao Regionalismo fantástico, voltando-se para terra, revivendo aspectos regionais de Goiás, embora não claramente explícito, mas com um texto marcado com traços regionais: fixação de tipos; costumes e linguagens locais. Então o autor consegue, quase num processo surrealístico, que a paisagem rural (Goiânia) ou de pequena cidade, torne-se como tantos lugares no brasil ou no mundo. Veiga foge ao processo do regionalismo padrão, ou ortodoxo, por processos de construções inventivas, com temas contemporâneos, tratados num universo que pode estar em qualquer tempo e em qualquer lugar, mas sempre pequeno.
Em Sombras de Reis Barbudos, Veiga tece um ambiente típico de suas narrativas, uma cidadela que vive em aparente calma, até que a chegada da Companhia que primeiro causa esperança e depois medo e repressão. O protagonista participa dos fatos narrados, fatos que não são explicados, apenas registram-se como em um pesadelo. É dessa forma que o protagonista se relaciona com seu espaço (a cidade de Tatiara) registrando não só ocorrera com a sua família, mas com toda a sua comunidade.
Além de o garoto Lu ser o narrador dos acontecimentos, pode-se considerá-lo como o representante dessa cidade, que assim como ele sofre com as normas surreais da Companhia, passa a indagar sobre o destino do homem oprimido por violência de diferentes tipos de poder, expondo também o conflito entre o novo e o antigo, o rural e o urbano e como esse conflito se torna resultado de uma invasão do progresso, tornando-se símbolo do mundo contemporâneo.
Sua relação com os demais da cidade rompe-se no momento em que todos passam a voar, ou imaginar que voam, e fogem da cidade, postura não tomada por Lu. Ou seja, ele não abandona sua cidade, mas triste com as casas abandonadas, começa a escrever.
Uma última relação que poderíamos fazer entre o protagonista e o espaço, seria no quisito universalizador que tanto o protagonista quanto o espaço, carregam consigo. Ser criança e passar, daí, a homem, responsável pela mãe. Morar em uma cidadela, ser desprezado por amigos, e muitas outras características universalizam o protagonista. O mesmo ocorre com o espaço que antes fora uma cidade calma e tranqüila e que pela perda desse equilíbrio se tornou deserta e vazia, com suas ruas cobertas com capim e abandonada ao tempo.

A Função do Narrador na Elaboração das Potencialidades significativas do Romance.
Como já visto em tópicos anteriores, em Sombras de Reis Barbudos, os fatos são narrados em primeira pessoa, isto é, o personagem principal – protagonista – conta a sua história, revelando, do seu ponto de vista, os acontecidos. Há um grande envolvimento do eu, como alguém que viveu esses fatos. Este menino-narrador chama-se Lu, que passa pelos episódios da história se perguntando o que está acontecendo, como se fosse uma história realista e psicológica.
Assim como vários personagens e personagens-narradores do realismo fantástico, o menino Lu mostrará-se paciente e não agente. Basta lembrar do pobre Gregor Samsa de “A Metamorfose” que sem mais, sem menos, sem saber se um castigo de Deuses ou se Imprudência dos deuses, acorda transformado em um Inseto. “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou(...) encontrou-se em sua cama metamorfoseado...”. Ou ainda quando Joseph K.- protagonista de “O Processo”, também de Franz Kafka – é acordado por dois funcionários da justiça que lhe comunicam que está preso, sem esclarecer-lhes o motivo. Esse sujeito paciente sofre as conseqüências de uma fatalidade, possuindo, assim, a tipicidade de um herói trágico – salvo por se tratar de um herói popular (mimese inferior) enquanto na tragédia clássica predomina o herói de família nobre ou descendente dos deuses (mimese superior) - pois é vítima do destino, que o submete a degradação, sem que tenha culpa alguma.
É dessa forma que J.J. Veiga, usará o jovem Lu nas potencialidades significativas desse romance, porque dá a ele a responsabilidade de refletir sobre os valores e sobre as emoções humana, se mostrando em defesa do maior significado do existir humano: a liberdade. A medida em que Lu escreve, a pedido da mãe, a história da cidade, afasta-se da realidade que se confunde com uma reprodução do existente e traça uma procura da verdade humana, indagando sobre o destino do homem oprimido por violência de diferentes tipos de poder.
Enumeramos uma primeira função desse narrador, que é simbolizar um conflito que se instaura, após um estranhamento, entre dois ambientes ou duas culturas, bipolarizando o esse conflito entre: urbano x rural; nacionais x universais; racional x psicológico. No caso da significação da obra, esse conflito pode ser entendido como os avanços técnicos que são percebidos como estranho e misterioso. Surge o absurdo, como os muros, os urubus, as proibições, ou até mesmo a vontade de voar e ser livre, submergir aos muros das proibições que pode ser lida como a burocracia da Instituições que rege o mundo moderno. Desse conflito faz parte uma temática de rejeição da modernização tecnológica acompanhada de uma forma administrativa desagregadora da estrutura coletiva e familiar. Modalidades diversas de normas e fiscalizações saltam do espaço de empresa ou fábrica, para burocratizar a vida habitual dos cidadãos. Sem dúvida, essa ficção é uma figura do embate sofrido pelos povos subdesenvolvido frente à tecnologia industrial massificante.
Uma Segunda função significativa para o nosso narrador seria o do ser que é sujeito a punições diante a uma sociedade burocrática. Ou como disse Michel Foucault, “um poder de punir correria ao longo de toda a rede social, agindo em cada um de seus pontos(...) a punição generalizada(...) se organiza pelo próprio poder “.
Para finalizar analisaremos o narrador Lu, ao contrários dos heróis Kafkiano - que cedem ao sistema agonizando em seu fim de existência - como símbolo de resistência às normas de um mundo burocratizado. É o que se vê em Sombras de Reis Barbudos quando o menino-homem Lu, diferente dos demais cidadão que saem voando (se Libertam), insiste em permanecer na cidade, cultivando uma horta para sobrevivência sua e de sua mãe. Ao “terminar” da história vemos Lu negociando um novo emprego com entregador, mesmo sabendo que não haverá entrega pois todos saíram voando da cidade. Fica-nos a lição da esperança que se perdura mesmo diante do impossível, e o acreditar que tudo se restabelecerá como no início, quando a Companhia ainda não chegara.


Elaborado por Francisco Muriel. (análise apresentada à discplina de LIteratura Brasileira III, no curso de linceitura em Letras Vernáculas e Clássicas da Uel-Londrina)